quinta-feira, 2 de julho de 2009

Lastro, parte 2.


Continuação da matéria postada ontem, da Revista Ultimato.

"Sabemos disso. O problema é que tendemos a não considerar a igreja como família. Não aceitamos quando ela “aumenta o lastro” sobre nós. Não nos envolvemos tanto nem permitimos “aproximações exageradas”. E quando mantemos distância, quando permanecemos “visitantes assíduos”, retiramos da igreja esse elemento familiar; retiramos seu poder de estabilizar nossa vida para a hora da tempestade.
Sim, a casa edificada sobre a rocha é aquela que se constrói comunitariamente, com vinho e pão. E a imagem de uma construção, aqui, é útil: é algo que não se faz da noite para o dia. Há um longo e penoso processo de assentamento de tijolos com argamassa.
Na hora da tempestade, o “visitante assíduo” pede ajuda. E há de recebê-la, claro. Porém há uma ajuda que ninguém lhe poderá dar nessa hora: “lastro”. Não se mexe em lastro de navio em meio à tempestade.
Quanto a isso, o jovem tem as maiores dificuldades e também as maiores oportunidades. Seu lastro é pequeno, por causa da pouca experiência de vida. Mas, se começar agora, não chegará à velhice como “a palha que o vento dispersa” (Sl 1.4).
Jovem, descubra a bênção de envolver-se “até o pescoço” com sua igreja, com as pessoas da igreja. Sirva-as com perseverança, alegria e ação de graças. Parta-se como pão. Derrame-se como vinho, sem nada cobrar. Perceba que as brigas entre irmãos e a superproteção dos mais velhos são “coisa de família”. Com o tempo, você se perceberá um navio de grande calado, que não aderna com a tempestade."
Escrito por Rubem Amorese.
DTA,
Alê.

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